“AS COISAS NÃO ESTÃO ASSIM TÃO MAL DENTRO DA MINHA PELE”: A AUTOFICÇÃO EM TANTO FAZ, DE REINALDO MORAES

Marcelo Fernando de Lima

Resumo


Acompanhando uma tendência da literatura contemporânea, a prosa literária brasileira tem procurado, nas últimas décadas, representar a experiência do indivíduo por meio de formas cada vez mais subjetivas. O propósito deste texto é observar no romance Tanto faz, de Reinaldo Moraes (1981), a ocorrência de uma modalidade bastante subjetiva – a autoficção. O artigo está organizado em dois segmentos: no primeiro, discutimos a ascensão dos relatos subjetivos na literatura e da autoficção; no segundo, mostramos como se manifestam na literatura brasileira contemporânea e no romance de Reinaldo Moraes.

Palavras-chave: Autoficção. Narrador. Literatura brasileira contemporânea. Ditadura civil-militar.



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DOI: 10.5935/1679-5520.20180011


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