O SÉTIMO JURAMENTO: METÁFORAS PARA UM (CONTRA)FEITIÇO NO PÓS-INDEPENDÊNCIA

Daniel Conte, José Ricardo Costa

Resumo


O romance O sétimo juramento, da moçambicana Paulina Chiziane, publicado inicialmente em 2001, tem como foco central a derrocada imagética do protagonista, David. Em uma Moçambique pós-independência, o diretor, após um escândalo de corrupção que ameaça sua estabilidade profissional, recorre a um pacto demoníaco com Makhulu Mamba, figura do imaginário moçambicano. Em troca de sua proteção, compromete-se a sacrificar um dos membros de sua família. Sob a luz da teoria de autores como Bakhtin (visão sobre a dialógica do discurso), Booth (análise sobre a retórica da ficção), Bachelard (análise sobre a poética do espaço), buscaremos uma compreensão mais aprofundada da proposta figurativa do romance.

Palavras-chave: Moçambique. Metáforas. Pós-independência. Paulina Chiziane.

 


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DOI: 10.5935/1679-5520.20180040


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