EM CENA A AUTOFICÇÃO DA MORTE: J.P. CUENCA E SEUS HÍBRIDOS MONSTROS

Dejair Martins

Resumo


O presente artigo discute as duas últimas produções de J. P. Cuenca, o livro Descobri que estava morto e o filme A morte de J. P. Cuenca. O estudo tem por objetivo a análise dos elementos que permeiam as obras, como a questão da autoficção se adequando ao relato da suposta morte do autor e sendo utilizada como premissa do enredo, a hibridização e pluralidade de elementos narrados, a espetacularização autoral e sua performance midiática na contemporaneidade, de tal modo que conectados formam um grande mosaico ficcional.

Palavras-chaves: morte, autoficção, híbrido, autor.


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FILMOGRAFIA

A morte de j. P. Cuenca. Direção: J. P. Cuenca. Produtor: Marina Meliande e Felipe Bragança. Intérprete: J. P. Cuenca. Roteiro: J. P. Cuenca. Edição: Marina Meliande. Brasil – Duas Mariola (90 min), cor, 2016.

DOI: 10.5935/1679-5520.20180016


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