LUÍS DA SILVA E A INSTABILIDADE DE UM PARAFUSO ESPANADO

Cesar Felipe Pereira

Resumo


O presente ensaio propõe, como chave de leitura para o romance Angústia (1936), de Graciliano Ramos, a imagem do parafuso, bem como de algumas metáforas relacionadas a esse objeto, de que o narrador-protagonista, Luís da Silva, se vale para caracterizar as outras personagens e a si mesmo. O objetivo principal é procurar constatar de que maneira este problema central, o da representação do outro pelo narrador, é tratado na obra ficcional em questão. A solução apresentada por Graciliano se mostra complexa desde o início da narrativa, o que leva à proposição de investigá-la a partir da seguinte questão norteadora: qual seria a posição ocupada pelo narrador em relação aos outros, ou seja, a partir de onde esse narrador fala?

Palavras-chave: Alteridade. Literatura brasileira. Graciliano Ramos. Angústia.


Referências


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RAMOS, G. Angústia. 47. ed. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 1997.

DOI: 10.5935/1679-5520.20170009


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