MULHERES QUE MORDEM, DE BEATRIZ LEAL: NOVOS TEXTOS, VELHOS TEMAS

Alexandra Santos Pinheiro

Resumo


A literatura contemporânea surpreende pela criatividade, hibridismo e ressignificação do lugar do texto literário. Além disto, temáticas como a sexualidade, a miséria humana, a injustiça social e as relações de gênero ganham visibilidade, obrigando a enxergar um cotidiano automatizado. Por outro lado, o contemporâneo também é responsável por revisitar velhos temas, oferecendo uma releitura e um avivamento da memória histórica. Nascida dois anos depois do fim da ditadura militar (civil) argentina, a jovem escritora brasileira Beatriz Leal, em Mulheres que mordem (2015), rompe a fronteira geográfica e temporal para recompor a trajetória de Laura, Clara e Rosa, vidas literárias inspiradas nas histórias das “Abuelas de la plaza de mayo”. A análise aqui apresentada dialoga com os pressupostos da Crítica feminista.

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