ANA DAVENGA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO: A LÍNGUA PLURAL DO CORPO

Eliza de Souza Silva Araújo, Liane Schneider

Resumo


O conto Ana Davenga, da escritora brasileira negra Conceição Evaristo, apresenta-nos uma personagem feminina negra bastante erotizada, consciente do seu corpo e resistente aos moldes socialmente criados para padronizar os comportamentos de mulheres. Usando os pressupostos de Audre Lorde sobre a essência erótica feminina num diálogo com a teoria de Lucy Irigaray sobre a sexualidade plural da mulher, observamos a personagem como voz/corpo que resiste ao silenciamento que a sociedade espera da mulher, como articulam Michelle Perrot e bell hooks. Também dialogamos com análises anteriores sobre o conto e a personagem, no intuito de expandir nosso entendimento a respeito de Ana Davenga, focando nosso olhar no seu ser erotizado, consciente e plural.

 

DOI: 10.18304/1984-6614/scripta.alumni.n14p110-121

 


Palavras-chave


Mulher negra. Erótico. Sexualidade feminina. Pluralidade. Silenciamento. Ana Davenga.

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