RUPTURA E EXPERIMENTAÇÃO: AS VOZES NARRATIVAS EM OS DETETIVES SELVAGENS, DE ROBERTO BOLAÑO

Felipe da Silva Mendonça, Luciana Brito

Resumo


Os detetives selvagens, de Roberto Bolaño, configura-se como uma das obras mais importantes da literatura hispano-americana contemporânea, devido a sua experimentação narrativa. Por isso, este artigo tem como objetivo analisar o narrador no referido romance, em busca de seus principais traços de ruptura e experimentação. Para tanto, baseamo-nos em teóricos como Benjamin (1987), Santiago (2002), Lukács (2009), Bakhtin (1988), Candido (2014), Adorno (2003), dentre outros. No romance, Bolaño cria uma trama labiríntica composta por mais de cinquenta narradores. Essa experimentação narrativa faz com que narrador e leitor assumam a posição de espectadores da ação alheia. Desse modo, o leitor adquire um conhecimento fragmentário sobre os protagonistas, a partir dos diversos ângulos em que enxerga a história, daí também precisar tornar-se um detetive.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20190012


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