Análise preliminar do impacto da BNCC no Ensino Médio, no contexto do ensino de Geografia

Gabriel de Lima Germano, Clevisson Junior Pereira, Ramon de Oliveira Bieco Braga

Resumo


O objetivo desta pesquisa foi analisar os impactos da reforma curricular da educação básica brasileira, normatizada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sobretudo no tocante ao ensino da Geografia no Ensino Médio. Para isso, foi utilizada uma metodologia documental tendo como base as leis as leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), o Plano Nacional da Educação (BRASIL, 2014), a Reforma do Ensino Médio em tempo integral (BRASIL, 2017) e a BNCC (BRASIL, 2018), aliado as reflexões científicas acerca do ensino de Geografia, ancorado em Girotto (2016), Guimarães (2018), Corti (2019), Freire (2019) e Laval (2019). Destarte, foi constatado que a homologação da BNCC (BRASIL, 2018) ocorreu em meio a uma disputa de interesses a respeito do papel da educação na sociedade. Nessa perspectiva, constatou-se que o papel do componente curricular Geografia sofreu impacto direto ficando aquém do seu potencial pedagógico, pois sem assegurar uma discussão pedagógica com os(as) docentes e estudantes de Geografia em todo território brasileiro, o Ministério da Educação (MEC) impôs a redução da carga horária do componente curricular Geografia no curso de Ensino Médio, restringindo e diluindo o volume de conteúdo a uma perspectiva interdisciplinar entre os componentes curriculares que compõe as Ciências Humanas, isto é, Geografia, História, Filosofia e Sociologia. Desse modo, nesta reflexão teórica, são indicados os tensionamentos políticos e pedagógicos existentes no processo de ensino e aprendizagem do componente curricular Geografia, a luz da reforma curricular estabelecida pela BNCC (BRASIL, 2018).


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