FICCIONALIZAÇÃO DE SI OU ENIGMAS AUTOBIOGRÁFICOS: ENCENAÇÃO DA SUBJETIVIDADE LITERÁRIA EM MARIA GABRIELA LLANSOL

Sueli Gomes de Lima

Resumo


Neste artigo, pretendemos refletir sobre a encenação da subjetividade literária de Maria Gabriela Llansol, no Diário I – Um falcão no punho. Para tanto, vamos nos ater às postulações teóricas que envolvem a tríade escrita – obra – autoria, bem como às noções de autobiografia e de autoficção. A começar pela enunciação, que se dá ora na primeira, ora na terceira pessoa, nos diários de Llansol, há uma ruptura com a concepção do gênero diário. Diferentemente de um diário convencional, que se presta a registrar os acontecimentos da vida de quem o compõe, os diários de Llansol causam estranheza porque vão além de simples relatos de acontecimentos cotidianos da vida da autora.

Palavras-chave: Maria Gabriela Llansol. Diários. Autobiografia. Autoficção. Subjetividade literária.

 


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DOI: 10.5935/1679-5520.20180008


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