O EU PARODIADO: O RIDÍCULO, O HUMOR E O IMPERATIVO DA MEMÓRIA EM DIARIO DE UNA PRINCESA MONTONERA, DE MARIANA EVA PEREZ

Izabel Fontes

Resumo


Este artigo analisa o romance autoficcional Diario de una princesa montonera da escritora e pesquisadora argentina Mariana Eva Perez. A obra faz parte da tendência atual de escritos em primeira pessoa que revisitam os anos de violência da última ditadura argentina a partir da própria história familiar. Mariana é filha de desaparecidos e neta de uma das principais representantes das Abuelas de Plaza de Mayo, associação que busca devolver crianças sequestradas pelo regime às suas famílias. Por sua origem, a autora sempre esteve envolvida na luta pela justiça social e direitos humanos. No seu livro, no entanto, revisita o próprio luto usando o humor e o ridículo, parodiando os discursos de memória e da primeira pessoa, usando ficção para fazer piadas com o “imperativo da memória”.

Palavras-chave: Autoficção. Literatura argentina.  Trauma. Humor.

 


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DOI: 10.5935/1679-5520.20180012


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