AS MOLDURAS ESPACIAIS DO FANTÁSTICO EM FRANKENSTEIN: UMA TOPOANÁLISE

Sigrid Renaux

Resumo


Este trabalho tem como objetivo verificar como a topoanálise – o estudo do espaço na obra literária – por meio das molduras espaciais do romance Frankenstein, de Mary Shelley (1818), contribui para dramatizar o elemento fantástico do enredo. Essas molduras são utilizadas para abrigar os dois gêneros que compõem a obra:  o epistolar, com as diversas cartas escritas pelo capitão Robert Walton à sua irmã, nas quais relata como o navio sob seu comando avistou o ser gigantesco criado por Victor Frankenstein e, em seguida, dar abrigo ao próprio cientista, moribundo; e o narrativo, no qual Frankenstein passa a narrar sua história ao capitão Walton. Ambos os gêneros, por sua vez, acrescentam mais autenticidade à estranheza dos acontecimentos.

Palavras-chave: Topoanálise. Molduras espaciais. Romance gótico. Frankenstein.

 


Referências


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