THE TURN OF THE SCREW – A TRANSPOSIÇÃO NÃO CONVINCENTE DE RUSTY LEMORANDE

Débora Ferri

Resumo


Este artigo analisa a transposição cinemato-gráfica do conto “The turn of the screw”, de Henry James, pelo diretor Rusty Lemorande. Discutem-se as técnicas utilizadas na tentativa de manter a atmosfera do conto e se houve sucesso na preservação do que Walter Benjamin denomina “núcleo essencial da obra”. Focalizam-se prioritariamente: 1) a questão da construção em níveis, trabalhada tanto na narrativa quanto no filme; 2) a preservação da ambiguidade, que consideramos elemento essencial, e 3) o desenvolvimento do aspecto psicológico nas duas produções. O referencial teórico é necessariamente complexo, já que advém de três direções diversas: estudos de intermidialidade e tradução intersemiótica; estudos sobre técnicas e montagem cinematográfica e estudos sobre a narrativa fantástica.

Palavras-chave: Intermidialidade. Narrativa fantástica. Linguagem cinematográfica. Ambiguidade. Narrativa psicológica.


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DOI: 10.5935/1679-5520.20160005


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