CÁNTICO ESPIRITUAL B de SAN JUAN DE LA CRUZ: reflexo do sagrado e do profano

Cyro Leandro Morais Gama, Samuel Anderson de Oliveira Lima

Resumo


A literatura espanhola, do século XVI, está dividida em duas fases. A primeira, não religiosa, configura-se como poesia bucólica, seguindo o modelo de Petrarca. A segunda, ligada à religião, se caracterizou por apresentar uma unidade entre misticismo e poesia. Partindo desse pressuposto, este artigo tem como objetivo discutir as relações entre sagrado e profano, a partir da análise do poema Cántico Espiritual B de San Juan de la Cruz, poeta e principal expoente da mística espanhola. Desse modo, visamos mostrar o percurso que o poeta místico faz ao elaborar a referida obra; evidenciando, assim, seu conhecimento e entusiasmo pelo texto bíblico do Cântico dos Cânticos, como também sua capacidade intelectual de encontrar na chamada poesia profana, da época, uma direção para a criação dos seus textos poéticos. Para tanto, servirão como principais bases teóricas as reflexões de Alonso (1942), Hatzfeld (1976), Navarro (2011), Ruiz (1968, 1994), entre outros.

 

Palavras-chave: Cántico Espiritual B. San Juan de la Cruz. Sagrado. Profano.


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DOI: 10.5935/1679-5520.20200033


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