AS FORMIGAS: UMA LEITURA DAS REPRESENTAÇÕES INSÓLITAS NAS NARRATIVAS DE LYGIA FAGUNDES TELLES E AUGUSTA FARO

Cristina Loff Knapp

Resumo


Este artigo tem como objetivo analisar o conto As formigas, de Lygia Fagundes Telles e o seu homônimo da escritora goiana Augusta Faro. Para tanto, será feito um breve percurso pelas teorias do fantástico. A primeira a ser visitada será a de Felipe Furtado (1980). A seguir, será discutido o conceito de fantástico de Ceserani (2006), além das considerações de Bessiére sobre ambiguidade, culminando com uma discussão mais contemporânea, balizada por David Roas (2014) e Alazraki (1990) com o termo neofantástico. Tencionamos fazer uma breve distinção entre fantástico e neofantástico, a fim de analisar a presença do sobrenatural nos contos de Lygia Fagundes Telles e Augusta Faro.

 

Palavras-chave: Fantástico. Neofantástico. Lygia Fagundes Telles. Augusta Faro.

 


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DOI: 10.5935/1679-5520.20200031


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