IDENTIDADES TRANSNACIONAIS E MULTITERRITORIAIS EM O RETORNO E TAMBÉM OS BRANCOS SABEM DANÇAR

Adriano Carlos Moura

Resumo


RESUMO: Este artigo é resultado de uma investigação sobre a identidade individual e nacional na literatura do “Espaço Lusófono”, com ênfase em Portugal e Angola, tendo como corpus literário os romances O retorno, da portuguesa Dulce Maria Cardoso e Também os brancos sabem dançar, do angolano Kalaf Epalanga. A abordagem é interdisciplinar, integrando diferentes áreas como a Geografia, a Sociologia, a Filosofia e a Teoria Literária. Ancora-se, teoricamente, nos conceitos de território, desterritorialização e reterritorialização, de Rogério Haesbaert, e no devir postulado pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Trabalha-se com a hipótese de que os trânsitos espaciais e simbólicos aos quais angolanos e portugueses foram submetidos contribuíram para a constituição de identidades multiterritoriais, devires identitários e uma literatura transnacional.

 

Palavras-chave: Dulce Maria Cardoso. Kalaf Epalanga. Literatura Transnacional. Retornados.

 


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DOI: 10.5935/1679-5520.20200008


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