ENTRE LITERATURA E CINEMATOGRAFIA: UMA EXPERIÊNCIA (AUTO)BIOGRÁFICA NO FILME J’AI TUÉ MA MÈRE [EU MATEI MINHA MÃE]

Kelley Baptista Duarte

Resumo


A leitura do filme quebequense J’ai tué ma mère [Eu matei minha mãe] (Xavier Dolan, 2009) serve à investigação do estreitamento das fronteiras entre Teoria Literária e Dramaturgia. Com meu olhar atento à produção desse filme, proponho-me a refletir sobre a intervenção das teorias que cercam a escrita (auto)biográfica na construção desse cenário fílmico. A clássica formulação do pacto autobiográfico, de Philippe Leujeune (1975) é o ponto de partida para este estudo que também investiga novas e possíveis formas de pluralidade e estratégias de expressão e expansão do eu no espaço biográfico da sétima arte.

Palavras-chave: Teoria literária. Espaço biográfico. Cinema quebequense.

 


Referências


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REFERÊNCIA CINEMATOGRÁFICA

DOLAN, X. J’ai tué ma mère. Québec, 2008. 1h40

FONTE DAS IMAGENS:

Figura 1: Allocine. Disponível em: http://www.allocine.fr/film/fichefilm_gen_cfilm=145951.html Acesso em: 17 jan. 2017.

Figura 2: Bibliothèque de la Vienne. Médiathèque de Vouillé. Disponível em: http://www.cabri.cg86.fr/medias/medias.aspx?INSTANCE=EXPLOITATION&PORTAL_ID=portal_model_instance__vouille_coups_de_coeur_films.xml Acesso em 17 jan. 2017.

Figura 3: Livraria Cultura. Disponível no site: http://www.livrariacultura.com.br/p/filmes/filmes/europeu/eu-matei-minha-mae-30247556 Acesso em: 17 jan. 2017.

DOI: 10.5935/1679-5520.20180017


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