MARY SHELLEY E A CRÍTICA DA DESOBEDIÊNCIA PROMETEICA EM FRANKENSTEIN

Mellyssa Coêlho de Moura, Orlando Luiz de Araújo

Resumo


Neste artigo, analisamos a crítica à transgressão apresentada por Mary Shelley, em Frankenstein ou o Prometeu moderno. Presente nos relatos gregos de Hesíodo e Ésquilo, Prometeu é enaltecido pelos românticos do século XIX, que buscam nele o símbolo idealizado da liberdade. Contudo, Mary Shelley (1818) propõe a crítica aos excessos dessa entidade glorificada pelas suas transgressões. Dito isso, pretende-se analisar a reminiscência prometeica em Shelley como uma forma de crítica à busca excessiva ao conhecimento pela transgressão. Para isso, será delineada uma análise comparativa entre Hesíodo e Ésquilo, acrescida das contribuições de Dougherty (2006) e Alves (2016), almejando mostrar o desvio de Shelley, em relação à representação prometeica dos demais poetas de sua época.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20200002


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